Festival da Poesia

Sobre o Festival de Poesia/2014

 

Escolha do figurino, da maquiagem, do penteado, repassar a música na cabeça, olhar no espelho, entrar no carro, sentir a batucada do coração.
Ambiente aconchegante, som, luz, painel divinamente pintado. O olhar do animal encontrando o meu olhar, o piscar da dançarina, o casal bailando, sim, brasilidade. Terra de muita gente, de muita vida, de educação. 
Assim, as cortinas se abrem e tenham todos, um Feliz Espetáculo!


Ao som do violino vindo não sei de onde, chegando não sei por que arrepia, o verde e o amarelo embala o azul, os dedos finos que escolhem as cordas sensivelmente tocadas pelo coração.


Coração que vibra com um barril de chope, afinal, vem ser feliz nesse lugar, lavar a alma. Palmas, que lá chegam os Fritz e as Fridas, que rodopiam animando com suas saias rodadas, chamando o público para a grande festa. Herr Schimdt, corram, encontrem seus pares e vamos dançar?
Para quem não quer dançar ouça o poema de Lindolf Bell, que procura ser breve, mas não tão breve assim. O som da menina deu a poética que o poema pede e te convida a caminhar.

Caminhar rumo a Querência Amada, porque sou da geração mais nova, e sei que a bondade nunca é demais.

Oh saudade, do olhar, do tempo, do momento em que o lenço unia, da saia vermelha, da tirana do lenço. Busquei coragem e amor nos teus olhos.


Mas a estação muda, e a viagem toma outro rumo.

Lá no Nordeste Brasileiro a andorinha bateu asas e voou. Adeus Rosinha, que já vou-me embora, vou encontrar a alegria do Frevo, observar as sombrinhas alegres no ar. E agora, José? Estás com a chave na mão? Vais abrir a porta?
Oh brasileirinho, lindas ginastas saltitantes com suas fitas bem brasileiras, que coceira que deu no pé! Deu vontade de voltar pra minha terra, onde os sabiás felizes cantam nas Palmeiras. Então danço o Olodum, bato uma latinha na outra e bailo com a timbalada. Até porque a montanha é tão imensa e a distância que me leva a ela também. Quem me dera meu país, ver as palmeiras tão gentis. Ouro, terra, amor e rosas, não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá! Procure por aí, quem melhor, que a gente, canta. Gosto do Luar do Meu Sertão!


Hora de mudar a estação!

Longe dos olhos, perto do coração, oh, Pantanal. Terra de gente que sabe. Meu caminho é primeiro, eu sou das Minas de Ouro. 
Pessoas! Temos a mata privilegiada onde a natureza é desprezada. Oh Pátria Amada, nós podemos lutar. Um convite? Vamos bater os pés no chão? Sapatear, essa é a hora. Depois desses versos tão singelos chega um rock e agita o público nas palmas e diz que a gente somos inúteis. 
Salve o nosso povo, salve o amor pela pátria sem esperança. E o futuro? O que será de nossos filhos? Que país é esse? Passa a vassoura, vamos limpar e abrir o peito Brasil!Sei que ando devagar, porque eu já tive pressa, sigo esse corredor e vou tocando os dias pelas longas estradas porque é preciso amor.

E quando o amor bate, a estação muda.

O amor é a cor do meu batuque, do som da minha voz, porque juntos formamos fogos de artifício. E quando eles chegam, eles os índios, os tambores se agitam, a plateia aplaude a imagem encanta, porque são guerreiros, filhos da selva. Eu quero ver menina, eu quero ver, o carimbó do macaco, rebolando com suas flores azuis e amarelas. Oh, menina!!!
É Curumim, seus olhos eram sol, ele percorreu a floresta e pediu que o Pai os perdoasse, pois eles não sabem o que fazem. 
Vamos dançar zumba, jogar capoeira, é o Zumbi dos Palmares que chega aí. Brasil, terra de gigantes, mas tempo é o que não tem. 
A benção meu pai. Oh, boa noite pra quem é de boa noite. Sabe, Maculelê é o rei da Valentia...

...e está na hora de trocar de estação, porque moro num país tropical abençoado por Deus e preciso conhecê-lo melhor. Vejo mocinhas trôpegas, pequenas latas com gotículas que delas saem, vamos pisando nesse chão batido para fugir da vida e afogar a ilusão de ser feliz.
Sambe, sambe e sambe. Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Mas essas meninas com os babados e os meninos com chapéu me fez lembrar Carlinhos. Oh, gurizada do samba no pé.
É a diversidade, se todos fossem iguais? Eu sou diferente de você, somos todos irmãos. E fica decretado que haverá girassóis e mais janelas abertas porque somos brasileiros, e não desistimos. Não somos convidados para as festas e é hora do Brasil mostrar a tua cara. 
Não há nada melhor que viajar para o Brasil. Brasil é onde eu quero morar. Quem conquista com braços fortes essa terra adorada?
Quem conquista o coração? Por que ela só quer, só pensa em namorar. 
A família é grande, o som da batida é que nos move, é o que nos une.


De pé, aplaudo essa noite linda, a direção, coordenação, professores e funcionários que tão bem regeram esse espetáculo.

 Parabéns Colégio Metropolitano! Foi show!


A vocês alunos, só elogios, quando se faz de coração, qualquer estação que passa fica e marca. 


Findo esse texto na certeza de que o Brasil é o meu país e me orgulho das escolhas que fiz!


Gilmara Mendes Goulart - Mãe da Maria Antonia (4º ano Matutino).

Gilmara, muito obrigada! Seu texto nos deixou profundamente emocionados! É muito bom perceber este olhar tão sensível dos pais, na plateia!

 

 


Mais Notícias:

SISTEMA SOLAR

16.04.2024

    Utilizando massinha de modelar de diferentes cores, os alunos dos 3° anos, com a orientação...

FUTEBOL DE TECIDO

16.04.2024

    As brincadeiras em grupo são grandes oportunidades para as crianças desenvolverem...

MUNDO ANTIGO

15.04.2024

    Os alunos do Infantil 4 e 5, tiveram a oportunidade de conhecer o Mundo Antigo em uma visita...

Colégio Metropolitano - Rua Canadá, 50 - Bairro das Nações - Indaial / SC - (47) 3333-4093 | (47) 3394-9533